Para ver ou rever


Este fim-de-semana vi (pela primeira vez, confesso) o filme: “Separados de fresco”. Achava eu que ia ver uma comédia romântica, digna de uma tarde fria de inverno e dou por mim a pensar seriamente nas relações homens-mulheres e a irritar-me com a estupidez (desculpem!) das mulheres, com as reações básicas dos homens, e com o tempo que se perde em discussões!
Ri-me por vezes, é verdade, mas creio que o filme é uma armadilha: esconde-se por trás de uma aparência lúdica e afinal põe-nos a refletir.
Aconselho-o. No filme, podemos ver de uma forma bastante crua e básica, as grandes diferenças que separam, por vezes, abissalmente, as mulheres e os homens, e vice-versa.
Brooke (Jennifer Aniston) e Gary (Vince Vaughn) são o casal vítima desta análise: o que parecia ser uma relação amorosa promissora começa a deteriorar-se até que chega o momento de colapso no qual Brooke põe fim a tudo. Questão prática: a casa que partilham foi comprada por ambos. Depois de muito discutir, decidem partilhá-la até que um deles ceda.
Vemos então um casal que gosta genuinamente um do outro, mas incapaz de o mostrar, incapaz de assumir alguns erros, incapazes de conviver.
Na fase em que atravessamos, que muitos dizem ser a era da pastilha elástica ou do fast-food, em que tudo acontece muito rápido e é ainda mais rapidamente deitado fora, um filme como estes, por entre piadas, obriga a pensar. Retrata a vida como ela é: o dia-a-dia e as relações têm sempre um lado cómico e um dramático, têm sempre as suas dificuldades, os erros, os esforços em vão e os arrependimentos. Afinal, as relações idílicas não passam disso mesmo: idílicas e ilusões. É preciso trabalhar a relação para que esta seja “perfeita”.

No fim, e depois de algumas confusões e mal-entendidos, de seguidos ou não os conselhos dos amigos e colegas de trabalho surreais, as conclusões a que ambos chegam parecem ser as mais acertadas e sensatas!!

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